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Herleson de Sousa foi preso nesta segunda-feira (1º) e confessou ter matado a própria prima, Tainá da Silva Sousa, de 22 anos, encontrada morta em 21 de julho em um apartamento no residencial Torquato Neto, zona Sul de Teresina.
O homem foi detido na Praça da Costa e Silva, no Centro da capital. Ele tentou se passar por “Francisco” para enganar os policiais, mas foi rapidamente reconhecido e levado para a delegacia.
Segundo a delegada Nathalia Figueiredo, do Núcleo de Feminicídios do DHPP, a polícia já tinha uma prova contundente contra ele. “Foi coletado material genético no corpo de Tainá. Esperamos esse resultado para que trouxéssemos uma prova objetiva que de fato apontasse o Herleson como principal suspeito. Deu positivo em relação ao material genético dele”, explicou.
Durante o interrogatório, Herleson admitiu ter matado a jovem, mas se recusou a dar detalhes sobre o motivo. “Ele chegou a relatar que houve uma discussão entre os dois. Questionado sobre a dinâmica da situação, preferiu permanecer calado”, disse a delegada. A policial acrescentou que, apesar da falta de detalhes, a confissão, somada à prova material, foi suficiente.
A polícia também descartou a hipótese de abuso sexual após os exames realizados pelo IML. “O corpo passou por exame cadavérico e não foi constatada violência sexual”, declarou Nathalia.
A delegada revelou que a vítima havia acolhido o primo em sua casa, pois ele estaria sendo ameaçado em sua região de moradia. “Ele pediu guarita para a prima, até porque tinham uma relação muito boa. Isso dificultou no início da investigação, porque as pessoas relatavam que Tainá gostava muito dele e isso era recíproco”, contou.
Após o crime, Herleson se escondeu e passou a viver como andarilho, em uma tentativa de escapar da polícia. “Ele não mantinha contato com a família e se escondia em pontos de consumo de drogas. Foi um trabalho de formiguinha para localizá-lo. A denúncia anônima foi fundamental nesse caso”, afirmou a delegada.
Apesar da confissão, a motivação do crime ainda não foi totalmente esclarecida. A delegada Nathalia Figueiredo mencionou que a forma como Tainá foi morta, por esganadura, pode indicar um “considerável ódio”. O inquérito continua em andamento e deve ser concluído nos próximos dias. Herleson permanece preso e aguarda a audiência de custódia.