Informações do Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que é órgão responsável por monitorar movimentações financeiras suspeitas, afirmam que empresa do cantor Gusttavo Lima recebeu R$ 5,9 milhões de duas companhias investigadas em um inquérito da Polícia Civil de Pernambuco, que apura uma suposta organização criminosa envolvida com jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
O documento foi citado na decisão judicial que ordenou a prisão do cantor nesta segunda-feira (23). De acordo com o relatório, a GSA Empreendimentos e Participações, da qual Gusttavo Lima é o único sócio, recebeu R$ 18,7 milhões em crédito no ano passado, sendo que R$ 5,9 milhões vieram de empresas investigadas, cujos sócios já foram indiciados pela polícia. Do montante, R$ 1,3 milhão foi transferido pela GSA para o cantor, cujo nome de registro é Nivaldo Batista Lima. Até o momento, a defesa do cantor não se pronunciou.
A juíza destacou que um caso semelhante foi identificado em um relatório envolvendo a advogada e influenciadora Deolane Bezerra Santos. A juíza declarou ainda que a empresa de propriedade do cantor, Balada Eventos e Produções, teria omitido valores oriundos de jogos ilegais, relacionados à negociação de uma aeronave, e guardado recursos de outras empresas investigadas na mesma operação, supostamente para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
Em comunicado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que foi emitida uma difusão vermelha junto à Interpol para localizar e prender os investigados que estão foragidos. A investigação, conduzida pela polícia, faz parte da Operação Integration. O TJPE acrescentou que o processo segue em sigilo para preservar a integridade das investigações.